Você ainda tem dúvidas de qual tecido escolher? Então, eu vou te ajudar!

Menina, vamos conversar um pouco sobre tecidos?

Esses dias eu estava pensando no período em que eu estava grávida. O ano era 2016, havia um surto de Zika vírus fazendo com que muitas crianças nascessem com microcefalia. Eu e muitas grávidas da época, usávamos repelente o dia inteiro, entrar em contato com o Aedes Aegypti (mosquito transmissor do Zika) não era uma opção. Um dia estava numa fast fashion e vi uma coleção para gestantes em que as roupas já continham repelente. Estava no céu? Parecia que sim… Claro, fiz algumas aquisições que me acompanharam ao longo da gestação e que me ajudaram a não ficar paranóica com o uso de repelente.

O que eu quero introduzir com essa história pessoal é que o nosso vestir vai muito além de seguir as tendências do tempo em que se vive, aliado a ciência, e particularmente, à nanotecnologia, o vestir passa a ser multifuncional.

Vamos pensar como você já usou um tecido com alguma função “especial” e não se deu conta…

Tenho certeza de que você lembrou de um belo dia na praia com sua camisa de proteção UV, ou ainda daquela camisa do seu time favorito, cujo sistema de ventilação, mantém seu corpo seco e fresco… E agora em tempos de pandemia? Aposto que você pensou nas máscaras e roupas com ação antiviral.

Depois dessa introdução, vamos a alguns pontos que eu considero relevante para o nosso tema. 

Como conceber um tecido?

 

Para se chegar na produção de um tecido, muitas etapas devem ser pensadas e executadas. Existem muitas variáveis envolvidas: tipo de fibra, confecção do fio, a forma de tramar o fio, funcionalidade, custo-benefício, tingimento, sustentabilidade do processo, e por aí vai.

 

Classificação das fibras 

 

As fibras podem ser classificadas como naturais, sintéticas ou artificiais.

As fibras naturais podem ser usadas diretamente na confecção de tecidos, sem a necessidade de modificações estruturais por processos químicos. Podem ser de origem animal, como a lã e a seda; ou ainda, de origem vegetal, como o algodão, o linho, a juta e o sisal.

 

Os tecidos de fibras naturais costumam ser confortáveis ao toque, permitem que a pele transpire, costumam ser duráveis e as fibras não deformam. Em contrapartida, amassam com facilidade.

As fibras sintéticas são obtidas de polímeros sintéticos derivados do petróleo. Por serem versáteis, podem compor tecidos com diferentes efeitos visuais e texturas, sem perder características como durabilidade, resistência e fácil manutenção. Nesta classificação temos o poliéster, a poliamida e o elastano (poliuretano).

 

Os tecidos sintéticos são fáceis de passar, necessitando de baixas temperaturas para este feito. Cuidado, pois eles queimam com facilidade. Outro ponto que vale ser destacado é que eles retêm o calor, o que pode causar odores desagradáveis. Prefira utilizá-los em dias mais frios.

As fibras artificiais são obtidas pela transformação química de uma matéria prima natural, por exemplo a celulose. Nesta classificação temos a viscose e o lyocell ou tencel. Os tecidos oriundos destas fibras têm um toque aveludado ou macio, são confortáveis e têm bom caimento. Uma desvantagem está no cuidado com as peças, pois o tecido pode deformar. 

Dica de ouro: Fique atento aos cuidados das suas peças, por isso, sempre siga as recomendações contidas em suas etiquetas.

 

Até aqui vimos um pouco sobre as fibras que compõe os tecidos. No próximo post, vamos conversar sobre nanotecnologia aliada à moda. Você já ouviu falar dos tecidos “inteligentes”? Lembre-se da conversa do início deste post… 

Beijos, Su e Ana!

Este texto será adaptado para o inglês por Diogo Orlando.

Referências:

 

Gomes, A. V. S.; Costa, N. R. V.; Mohallem, N. D. S. Os tecidos e a nanotecnologia. Química Nova na Escola, V. 38, N⁰ 4, p. 288-296, 2016. 

https://www.cleanipedia.com/br/lavanderia/saiba-separar-as-roupas-antes-de-lavaras-diferencas-entre-tecidos-naturais-e-sinteticos.html, acessado em 13 de janeiro de 2021.

 

Rezende, S. C. Tecnologia vestível: A nanotecnologia na moda e indústria têxtil. ProPIC 01/2012, FUMEC.

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